RESENHA | Deixe a Neve Cair

Na noite de natal, uma inesperada tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio romântico, do tipo que se vê apenas em filmes. Bem , mais ou menos. Porque ficar presa à noite dentro de um trem retido pela nevasca no meio do nada, apostar corrida com os amigos no frio congelante até a lanchonete mais próxima ou lidar sozinha com a tristeza da perda do namorado ideal não seriam momentos considerados românticos para quem espera encontrar o verdadeiro amor.

Mas os autores bestsellers John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle revelam a surpreendente magia do Natal nestes três hilários e encantadores contos de amor , interligados, com direito a romances, aventuras e beijos de tirar o fôlego.

John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle | Editora Rocco | 336 Páginas

Classificação: 2/5

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Olá leitorxs, muitas leituras? Hoje eu vim aqui falar de uma das leituras que fecharam 2017 e que, infelizmente, não gostei tanto quanto gostaria. O livro é um conjunto de três contos de natal que, embora estejam relacionados, tratam de histórias independentes. Por isso vou falar de cada um separadamente.

O primeiro conto, "O Expresso Jubileu", da Maureen Johnson traz a história de Jubileu "Julie" Dougal. Em plena véspera de Natal, os pais de Julie são presos e ela é mandada pelo vizinho advogado para a Flórida. Porém com uma nevasca se aproximando todos os vôos são cancelados e ela precisa pegar um trem. Até aí já estava tudo um desastre, além dos pais na cadeia, ela nem mesmo poderá ver Noah, seu namorado perfeito. Mas, quando o trem de Julie fica atolado na neve em Gracetown e conhece Stuart e sua família judia completamente fora dos padrões, ela descobrirá que "sempre pode piorar" não é uma regra.

Dos três esse foi o único conto que me cativou. Jubileu tem um senso de humor que faz qualquer um simpatizar com ela e sua situação e torna a leitura ainda mais fluida. Cheio de personagens carismáticos, é ímpossível não se encantar com Stuart  e não rir com a nada discreta Debbie, sua mãe/cupido nas horas vagas.

"Sei que Jubileu é meio que um nome de stripper. Você provavelmente acha que eu recebi o chamado do pole. Mas não. Se me visse, perceberia rapidinho que não sou uma stripper (eu acho)."

O segundo conto, "O Milagre da Torcida de Natal", do John Green, queridinho dos leitores, me decepcionou um pouco. Nele conhecemos JP, Duke e Tobin que por conta de uma ligação, decidem embarcar em uma corrida em meio a nevasca contra outros dois grupos única e exclusivamente para jogar twister com um bando de líderes de torcida.

Mais uma vez não foi dessa vez que eu caí de amores pelo João Verde. O enredo assim como alguns personagens me pareceram superficiais demais, impossíveis de cativar o leitor. O que me motivou a continuar lendo porém, foi a Duke. Tratada como se fosse um dos garotos pelo fato de não ter uma aparência parecida com a das líderes de torcida, ela é quem faz questão de frisar o quanto essa jornada e o comportamento dos garotos é um tanto desgostoso. Posso dizer que cada revirar de olhos dela me representou. A escrita do John, como sempre, muito leve, sem complicações.

"Você está dizendo que devemos sair na pior nevasca em cinquenta anos e dirigir trinta quilômetros para ficar com um monte de garotas desconhecidas cuja ideia de diversão é jogar um jogo cuja caixa diz que foi feita para crianças de seis anos, e eu sou a idiota?"

O terceiro e último conto, "O Santo Padroeiro dos Porcos" da Lauren Myracle traz a história de Addie que, arrependida por ter traído o namorado Jeb, está inconsolável achando que ele nunca perdoará, afinal ela marcou aquele encontro e ele nem sequer deu sinal. Decidida a provar que não é alguém desalmada e egoísta, ela se responsabiliza por pegar Gabriel, o novo porquinho de estimação, da amiga Tegan na pet store.

Dos três essa foi minha pior leitura. Um conto maçante de uma garota que aparentemente quer provar que não é a menina mimada e egoísta que acham que é mas que só deixa claro que o julgamento está correto. A história é preenchida de lamentações sobre o suposto abandono do namorado traído, que nada dá certo em sua vida, que suas amigas, por apontarem que talvez ela esteja pensando só em si mesma sim, estão contra ela etc. Apenas o final, que traz uma surpresa, pode contar como ponto positivo. Ah, e o porco. Ele é fofo.

"Então, é claro que eu sentia pena de mim mesma: eu era uma galinha rosa depenada, autodepreciativa e com o coração partido."

Que post longo! Enfim, essas foram as minhas impressões. Lembrando que se trata apenas da minha opinião. Assim como eu não gostei, muitas pessoas adoraram esse livro então sugiro totalmente que você leia e tire suas próprias conclusões. Inclusive, quem já leu, me conta aqui se gostou ou não, vou adorar trocar opiniões.